segunda-feira, 5 de março de 2012

México cria primeiro banco genético de aves em vias de extinção

El Nido alberga aproximadamente 600 espécies ameaçadas.

 


Projecto está a ser desenvolvido no santuário de aves El Nido, em Ixtapaluca

Cientistas mexicanos estão a iniciar um projecto para criar o primeiro banco de material genético de aves em risco de extinção. O objectivo é facilitar e promover a reprodução de várias espécies aplicando técnicas de reprodução artificial.
O banco vai localizar-se no santuário de aves El Nido, em Ixtapaluca, que abriga mais de 3000 pássaros de 600 espécies. Ali, os investigadores recolhem e guardam as células das aves para utilização futura.

Este refúgio é o terceiro maior aviário do mundo e foi fundado há 47 anos pelo veterinário, falecido em 2010, Jesús Estudillo. Cada uma das espécies que lá se encontra vive em casais ou em pequenas comunidades.
Mary Palma, coordenadora do projecto, acredita que este deve desenvolver-se imediatamente, pois as mudanças climáticas e a desflorestação estão já a pôr em perigo várias espécies.
Tanto o México como outros países possuem já bancos de material genético onde se conserva o sémen de mamíferos, principalmente gado. Porém, os requisitos utilizados para a preservação criogénica do sémen das aves não são iguais aos dos mamíferos, pois as suas células são mais frágeis.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) começou a organizar, há alguns anos, os seus próprios bancos de germoplasma, mas apenas destinados a aves domésticas.
O projecto que agora se inicia é liderado por investigadores do Instituto Nacional de Saúde Pública do Estado de Morelos e da Universidade Autónoma Metropolitana da Cidade do México.
No parque El Nido encontram-se aproximadamente 600 espécies, como águias, falcões, corujas, catatuas, araras, tucanos, faisões-argus, quetzais e aves ancestrais como o casuar, originário da Nova-Guiné e da Austrália e uma das mais antigas do planeta.
Este santuário, conhecido também como 'Arca de Noé Aviária', é sustentado por doações e funciona com 2000 voluntários.

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